Diversos projetos envolvendo vocabulários em português do Brasil estão parados. Foi acrescido um histórico para contextualização. Se você tem interesse em continuá-lo, por favor, entre em contato pela lista de discussão debian-l10n-portuguese .
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Histórico de construção de um vocabulário padrão pt-BR
A criação de um vocabulário padrão da equipe de tradução do Debian em português brasileiro já tem longos anos. Como o projeto está parado no momento, foram retirados alguns marcos do histórico da lista de discussão da equipe de tradução pt-br.
Em 2001, o Hilton Fernandes menciona a elaboração de uma lista de termos de tradução em meio às discussões sobre a documentação geral do projeto Debian-BR Desktop. O Ricardo Grützmacher comenta a existência do vocabulário padrão da LDP-BR, fomentado pela Conectiva. O Luis Alberto esquematiza a construção do vocabulário em três níveis de abrangência: uma mais geral, contendo termos gerais de informática; uma segunda parte com termos do universo do software livre e distribuições GNU/Linux; e uma terceira parte contendo termos específicos ao Debian.
No ano de 2002, o Marcio Teixeira justifica a necessidade de um vocabulário devido à utilização de termos técnicos. Diz ele: "Um texto técnico é, por definição, aquele que contém expressões técnicas isto é, expressões cujo sentido é explicitamente determinado por uma certa comunidade". O Rodrigo Claro (rlinux), em 2003, diz ter enviado uma intenção de empacotamento do bsgloss, um glossário e dicionário padrão utilizado pela Conectiva, para futura adoção pelo time. A Michelle Ribeiro sugere a possibilidade de tradução do Debian Dictionary como alternativa ao vocabulário.
O Marcio Teixeira, em 2004, novamente levanta a necessidade de um vocabulário padrão autônomo e paralelo àquele elaborado pela TLDP, específico ao Debian. Sobre a possibilidade de uso de wiki para isso, ele responde pela preferência por uma base de dados automatizada, com possibilidade de inclusão de dados, empacotamento .deb e uso de postgresql. Antonio Terceiro (terceiro) argumenta pelo uso simplificado do wiki. O Marcio Teixeira manda um link da lista de discussão alioth (agora desabilitada) sobre o anúncio do projeto "Vocabulário Técnico da Debian - português brasileiro". Partindo para questões práticas da implementação da versão 1 do vocabulário padrão, o Marcio apresenta uma proposta de estrutura do banco de dados, bem como de alguns procedimentos de acesso ao mesmo. A mensagem é seguida por outras com várias propostas de utilização de soluções já prontas em software livre.
Em 2005, o Felipe Augusto van de Wiel (faw) informa que o projeto do vocabulário padrão está parado, mesmo ainda sendo utilizado. Alguns anos depois, em 2013, o Marcelo Santana (msantana) relata que a referência que estava sendo utilizada naquele momento era o vocabulário presente no wiki.
Na retomada dos trabalhos da equipe de tradução em 2018, a Tassia Araujo envia a ata da reunião onde a equipe de tradução se propõe a retomar o vocabulário com base no conteúdo atual do wordlist do DDTSS. O Daniel Lenharo (lenharo) menciona que na reunião o Leandro sugeriu utilizar a versão de 2014 do vocabulário padrão que estava no web.archive.org. Há ainda a sugestão do Marcelo Santana (msantana) de utilizar o software compendium. Ainda ali, menciona-se que o Leandro Pereira (clkw) criaria na wiki uma seção de termos mais usados a partir da wordlist do DDTP de 2014 e da página da equipe de tradução espanhol.
Em 2020, o Daniel Lenharo (lenharo) ?cria um repositório no salsa para o vocabulário padrão, sendo esta a solução utilizada pela equipe de tradução atualmente.
Esta seção é a antiga página !Brasil/Traduzir/VtdBrWeb, sem histórico de modificações, que foi transferida para dentro da estrutura Brasil/Traduzir.
Automatização via aplicativo e interface web (2004)
Programando para o vtd-br
A implantação envolve três fases distintas e consecutivas. Na primeira, desenvolveremos o suporte para acessar on-line os registros, fazendo consultas, edições, adições e votação.
Na segunda, o vtd-br deverá ser portado para uso off-line. Desenvolveremos os pacotes necessários.
Na terceira fase, procuraremos desenvolver soluções para integrar todo o time de tradução da Debian para o português brasileiro ao vtd-br. Esta será planejada após concluída as duas primeiras fases.
Fase 1: vtd-br na WWW
Nosso ponto de partida é um sofware chamado glossword (uma sugestão do colega Miguel (cf. a mensagem em http://lists.debian.org/debian-l10n-portuguese/2004/10/msg00119.html).
O glossword pode ser acessado em:
http://glossword.info/index.php
http://sourceforge.net/projects/glossword
O software está sendo portado para Debian. Para testá-lo, adicione as linhas
deb http://www.marciotex.pro.br/debian experimental main
deb-src http://www.marciotex.pro.br/debian experimental main
ao seu sources.list. Após, rode
apt-get update
apt-get install glossword (para instalar o binário)
apt-get source glossword (para baixar os fontes)
ou, se preferir, acesse diretamente os arquivos a partir das urls indicadas. O mantenedor do pacote agradece por toda contribuição que lhe seja enviada para melhorar o estado do pacote e do programa.
Devemos adicionar a este software a capacidade de votação nos registros, o que envolve uma correção (patch) considerável. Devemos, ainda, adicionar o suporte a sqlite (originalmente, apenas mysql é suportado), uma estratégia para execução da segunda fase de implantação apontada acima (sqlite é uma sugestão do colega kov, cf. em http://lists.debian.org/debian-l10n-portuguese/2004/10/msg00060.html).
Estas duas tarefas estão órfãs. Você conhece -- ou, se não conhece quer conhecer -- php+*sql+como fazer pacotes .deb? Seja bem-vindo: junte-se a nós. Precisamos de voluntários.
Nós estamos em fase inicial. O projeto pode ser alterado. Se você tem sugestões sobre como poderíamos implantar o vtd-br, fale conosco na l10n.
Esta seção é a antiga página StandardTranslationsPtBr, com última edição em 16.03.2009, que foi renomeada e transferida para dentro da estrutura Brasil/Traduzir.
Lista de termos na wiki (2005)
For translation in the ?l10n project, it is useful to have a list of standard translations.
Here is such a list. I'm keeping the structure from StandardTranslations, an English-Dutch glossary. From now on, this wiki is aimed for brazilian users, so we speak portuguese.
Glossário de tradução - l10n-pt_BR
Se você não conhece o projeto de tradução de descrições, visite a página http://debian-br.alioth.debian.org/index.php?id=DDTP
Aqui temos um espaço para construir um glossário de tradução EN->pt_BR. Vou começar a acrescentar algumas palavras, e estou propondo seguir o padrão do equivalente dinamarquês, em StandardTranslations.
Comentários podem ser colocados ao lado de cada palavra, fora do negrito/itálico, entre parênteses. Para discussões mais longas, proponho a criação de mais uma página, ?DebatesGlossarioPtBr, por exemplo, para arquivar e objetivar os debates.
application: programa, aplicativo
bug: bug ou erro?
daemon: demônio?
directory: diretório (não: pasta)
emacsen (plural de emacs): vários emacs, emacses (em discussão na lista)
facilities: utilitários, componentes (em discussão na lista)
full screen utilities (em modo texto, mas com uma interface do tipo ncurses): ferramentas de tela cheia (Não gosto da solução, alguém tem outra idéia?)
kernel: núcleo
legacy: antigo, obsoleto
log: registro, log
runtime library: biblioteca de tempo de execução
to login (verbo): se logar? que tal autenticar?
standalone: autônomo (programa)
window: janela
wizard: assistente
Esta seção é a antiga página DebatesGlossarioPtBr, sem histórico de modificações, que foi transferida para dentro da estrutura Brasil/Traduzir.
Debates sobre padronização de traduções (2005)
This page is for brazilian users. See ?StandardTranslationsPtBr for more info.
1. Qual texto devo usar, `verificador ortográfico Aspell do GNU' ou `verificador ortográfico GNU Aspell' ?
Esta pergunta foi feita no seguinte e-mail: To: debian-l10n-portuguese@lists.debian.org Subject: ?ddtp aspell-pt-br From: Regis Fernandes Gontijo <regisfg@no-spam.com.br> Date: Sun, 06 Feb 2005 17:19:25 -0200
As seguintes opiniões foram defendidas:
1. Daniel, em 08/02
Acho que eu fui um dos que mudou para "Aspell do GNU". Seria bom adotarmos um padrão para todos os pacotes "do GNU".
Eu dei uma olhada na versão em português da página do projeto GNU (Devia ter feito isso antes de mudar na revisão) e lá a referência aos softwares é com o termo "GNU" antes, como nos exemplos abaixo:
- ambiente de edição de textos GNU Emacs - sétima versão maior do GNU Bayonne
Dessa forma, apoio manter como "GNU Aspell" e fazer o mesmo com os outros pacotes "do GNU".
[]'s
2. Fred, em 8/2
Sou a favor do Emacs da GNU. Um leigo que leia GNU Emacs não vai saber que é o emacs da gnu. Se na página da gnu está traduzido errado, a gente não precisa levar este erro para a frente. Na verdade, eu diria que está semi-traduzido.
3. Régis, 9/2
Matutando um pouco mais eu pensei nos problemas de usar Software da GNU' em vez de GNU Software' (substituindo Software pelo produto em questão). Acho que isso não seria diferente de, por exemplo, traduzir Mozilla Browser' por Navegador web do Mozilla', visto que tanto o termo Mozilla quanto GNU são nomes de projetos ou instituições responsáveis pelo desenvolvimento dos softwares citados e para mim não soa bem Navegador do Mozilla' (ou Browser do Mozilla') em vez de Mozilla Browser, Firefox do Mozilla' (em vez de Mozilla Firefox), Composer do Mozilla' (em vez de Mozilla Composer), etc. Creio que a diferença é que o nome do projeto também faz parte do nome do produto e não acho correto traduzir nomes de produtos. Por outro lado talvez eu esteja equivocado e seja interessante (ou até mesmo necessário) traduzir, em algumas situações, nomes de produtos. Fiquei realmente confuso pois a questão não é tão simples quanto dúvidas de vocabulário que eu sempre posto aqui...
4. Fred, 9/2
Acho que você tocou num ponto importante. Não é uma simples questão de vocabulário, mas de estrutura gramatical.
Anglicanismos estão muito no nosso vocabulário, mas não na nossa estrutura gramatical. deixando GNU aspell nós estaríamos colocando o adjetivo de posse antes do substantivo. E isto para mim é que é esquisito. Quer ver? Vou dar alguns exemplos:
sansung monitor (em bom português: monitor sansung) black&decker ferro (em bom português: ferro black&decker) genius mouse (em bom português: mouse genius) tramontina faca (em bom português: faca tramontina)
Mas tem alguns contra-exemplos, vindos de empresas sem compromisso com a língua brasileira, o que não é o nosso caso. Estas empresas são transnacionais, a comunidade de SL é multinacional. Mas vamos aos exemplos:
microsoft word norton antivirus
E agora? Deu para sacar o meu ponto de vista?
Paro por aqui, Fred
5. Régis, 10/2
Fred, não entendi exatamente o significado do termo `anglicanismos' na frase acima, mas considerando o contexto creio que refira-se ao nosso mal costume de respeitarmos a estrutura da língua inglesa em detrimento do desrespeito que temos para com a língua portuguesa, estou certo?
fum> sansung monitor (em bom português: monitor sansung) fum> black ferro (em bom português: ferro black&decker) fum> genius mouse (em bom português: mouse genius) fum> tramontina faca (em bom português: faca tramontina)
Tem razão, são exemplos bem claros mesmo... Não sei como demorei tanto para perceber... :-/
fum> E agora? Deu para sacar o meu ponto de vista?
Bom, eu saquei sim mas parece que a falta de compromisso/atenção ao traduzir/controle de qualidade é generalizada mesmo e vai muito além do software proprietário. Bom, não vou extender mais esta mensagem por agora para evitar fugir do tópico, visto que por agora não tenho idéia formada de qual é a melhor opção para solucionar este problema.
6. Fred, em 10/2
> Bom, aqui também não entendi essa questão dos contra-exemplos. Eu > inclusive tentei comparar os termos GNU software' e Microsoft > software' com Software da GNU' e Software da Microsoft' antes de > perguntar na lista. Agora a pouco pensei em outros contra-exemplos, > que são nacionais e incluem distribuições Linux ou talvez alguém até > possa citar outros softwares livres... Pra não citar os nomes > reais usarei nomes fictícios, veja:
Este 'da' não é necessario. Exemplo: café são braz. Não café da são braz.
> Fulano Linux > ?EmpresaTal Linux (existem casos de sucesso no Brasil que usam uma > destas formas e que são bem conhecidos por muitos aqui) > > Seria o caso de também usarmos em português `GNU/Linux da(o) Debian' > ?
Ou GNU/Linux Debian. Sem o 'da'.
7. Daniel, em 10/2 - Proposta de votação
Depois de ter lido as opiniões de todos eu acho que um bom resumo seria:
*GNU Aspell: Não é a forma como deve ser escrito em português do Brasil, mas INFELIZMENTE é como a maioria dos softwares são referenciados por aqui. *Aspell do GNU: É a forma correta e acho que ainda deixaria até uma dúvida no usuário sobre o que viria a ser GNU e acho que isso é bom. Não sei porque mas lendo 'GNU Aspell' parece que o GNU passa desapercebido.
E aí? Alguém tem mais algum comentário defendendo alguma das duas opções? A gente tem que votar em qual vai ser a utilizada pra haver uma consistência nas traduções.
8. Felipe, em 11/2
(...) As citações e os exemplos são bastante relevantes, no entanto um aspecto importante é o nome. Você não troca nomes, eu me chamo Felipe aqui ou na Indonésia, não é porque viajo para os Estados Unidos que passo a me chamar Philip.
Sendo assim, GNU Aspell é o nome do software e, apesar das característica de posicionamento gramatical, que eu concordo plenamente, o nome dele está escrito dessa maneira e devemos respeitar. :o)
Aqui tem um outro aspecto, embora o Aspell seja parte do Projeto GNU, dizer que ele é da/do GNU pode soar um tanto quanto estranho, até porque GNU é um projeto relativamente complexo pra se definir pois envolve um conceito, uma filosofia e um conjunto de aplicações; IMHO a idéia é demonstrar que o Aspell faz parte desse projeto, como uma forma de carimbo.
Assim como GNU/Linux, se utilizássemos Linux da GNU estaríamos descaracterizando alguns pontos importantes (o tema é polêmico, e GNU/Linux já gera uma discussão grande, imagine Linux da GNU). :o)
O uso "do" ou "da" pode gerar uma idéia de posse que não é real, o que, nesse caso, fugiria do motivo pelo qual se utiliza GNU <alguma-coisa>.
Na minha interpretação isso não quer dizer que o software seja da GNU, mas ele é GNU compatível e merece um tipo de "carimbo" que diga que ele segue as filosofias.
9. Régis, em 14/2
Por um lado eu concordo com o Fred a respeito dos anglicismos; por outro lado os nomes de produto são nomes próprios, conforme o Faw comentou. No entanto estes nomes, mesmo sendo próprios, têm significados relevantes para o usuário, coisa que pode não ocorrer com nomes próprios exceto em contextos muito específicos, ainda que cada palavra do nome tenha significados tão comuns quanto qualquer outro substantivo. Isso porque o nome de uma pessoa envolve questões que às vezes são completamente subjetivas, como história da família, humor dos pais/parentes/outros, etc, coisa que é bem diferente do nome auto-explicativos de aplicativos. Jogando mais lenha na fogueira... Se a opção for feita pela tradução dos nomes de produtos, deveríamos também traduzir siglas e o próprio termo GNU? Creio que haverá quase unanimidade a respeito de não traduzir GNU, mas isso é o meu chute. A intenção é que usemos estas questões para definir os limites do que é aceitável ou não no trabalho, de tal forma que alguém possa até abrir um bug em qualquer tradução que fizermos, seja no DDTP ou outras frentes de trabalho dentro do Debian-BR, solicitando corrigir algo que estiver fora das diretrizes que forem estabelecidas.
10. Em 16/2, Daniel propôs encerrar o debate
E aí? Acho que tá bom finalizar a discussão. Então a maioria optou por deixar sem mudar a ordem. Hora de fazer as revisões necessárias então!
Ah, eu só considerei quem deixou claro em que opção votou.